Gestão da água da Barragem de Poilão pode ser privatizada

 

O governo, através do Ministério de Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos, está a trabalhar para pôr de pé, até Setembro deste ano, um Conselho da Administração Água da Barragem de Poilião (CAABP). O objectivo último é o de privatizar, num futuro próximo, a gestão dos recursos hídricos dessa que é considerada a maior infra-estrutura hidráulica jamais construída em Cabo Verde.


A equipa, conforme o director-geral da Agricultura Silvicultura e Pecuária, está já em montagem. João Baptista Freire precisa que o Conselho da Administração da Gestão da Água da Barragem da Polião será constituído por sete elementos. O presidente será um técnico superior, licenciado em economia. Dois contabilistas, um técnico informático, um administrativo, um leitor de água e um canalizador são os restantes membros que integrarão o mesmo órgão.

«O processo da negociação para a constituição do referido CA encontra-se numa fase avançada. A nossa meta é ter, até Setembro, essa esquipa a gerir, em parceria com a Delegação do MADRM de Santa Cruz, a água da Barragem do Poilão. A ideia é caminhar para, num futuro próximo, privatizar a gestão da água da BP», perspectiva a mesma fonte.

O director-geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária acrescenta que o MADRM está já em contacto com a Agência Portuguesa de Comércio Externo (AICEP) no sentido de conhecer a experiência da gestão da Barragem do Aqueva. Isto através da empresa EDIA, que gere os empreendimentos da mesma infra-estrutura.

Baptista Freire avança, por outro lado, que as obras das três novas barragens de Faveta (Picos), Salineiro (Cidade Velha) e Saquinho (Santa Catarina) deverão arrancar em Outubro próximo, mais concretamente depois da época da chuva. Esses projectos estão orçados em cerca de 2 milhões de contos e serão executados pelo consórcio português Monte Adriano.

Entretanto, com as chuvas caidas na semana passada, a barragem do Poilão transbordou, levando alguns agricultores nas duas margens a ficar apreensivos com a sua produção. Alertadas, as autoridades abriram as comportas aliviando a pressão que já começava a fazer-se sentir.

ADP

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