Sorteio do Totoloto vai para a TV

Sorteio do Totoloto vai para a TV

 

A Cruz Vermelha, Secção de Loto, vai avançar em breve com a digitalização do totoloto e a transmissão em directo na televisão do apuramento dos resultados. Com o jogo digitalizado, as apostas feitas em qualquer ilha entram automaticamente numa base de dados completamente informatizada, pelo que os tradicionais boletins serão banidos.

 

Deixará também de haver o perigo das apostas de uma determinada agência não entrarem no concurso, por causa do atraso no envio dos impressos à central, na cidade da Praia.

Avelino Gonçalves, responsável da Secção do Loto, explica que está a ser montado um “manancial informático” a partir do qual todas as apostas entrarão na base de dados da central, na Praia. “As pessoas farão as suas apostas em qualquer ilha, os números serão introduzidos no nosso sistema e todos os apostadores receberão um recibo com as respectivas apostas. O processo será mais rápido e os apostadores das diferentes ilhas poderão jogar até sábado, como se faz na cidade da Praia, pois não será mais necessário fechar as apostas na quinta ou sexta para que os boletins cheguem na capital antes da extracção do concurso, aos domingos”.

Para concretizar esse projecto, a Secção do Loto vai instalar equipamentos informáticos em todas as agências, que estarão ligadas em rede com a central onde serão armazenadas todas as apostas. E como o jogo será todo ele digitalizado, logo após a extracção dos números a base de dados indicará o resultado final do concurso: as pessoas premiadas ou se há Jackpot.

Gonçalves avança que todos os equipamentos necessários para a digitalização do totoloto já se encontram na cidade da Praia, pelo que o arranque do programa estará para breve. “Esperamos só ultrapassar um problema técnico de informática para avançarmos com o projecto. Preferimos não adiantar datas exactas para o início da digitalização, mas ainda este ano esperamos dar este passo”, pontua o responsável da Secção do Loto.

Transmitir confiança aos apostadores Outro passo previsto para este ano é a transmissão em directo, via TV, do apuramento dos resultados do totoloto. Esta é uma reivindicação antiga dos apostadores, que acreditam que a extracção do concurso na TV dará mais credibilidade e transparência ao jogo.

A transmissão do concurso está a ser negociada com a Televisão de Cabo Verde (TCV) e, segundo Avelino Gonçalves, o processo já está bem encaminhado. “Temos o equipamento preparado e assim que avançarmos com a digitalização das apostas, passaremos a transmitir a extracção do concurso na TCV”.

Com esses projectos, a Secção do Loto quer não só transmitir aos apostadores mais confiança no que diz respeito à transparência da extracção, mas também garantir segurança e celeridade no apuramento dos resultados. “Nós sabemos que o processo é transparente, mas há muito que os apostadores reclamam a transmissão do apuramento na TV, e isso justifica a nossa aposta. Certamente sentir-se-ão mais confiantes se as apostas forem digitalizadas e se conseguirem assistir à extracção em directo”, remata Rodrigues.

Por outro lado, a Secção do Loto quer com esse processo assegurar aos apostadores que os boletins do totoloto não serão falsificados. Uma questão para a qual os apostadores foram alertados desde que três indivíduos – um escrutinador da Cruz Vermelha, um oficial de polícia e um representante da Câmara Municipal da Praia, os dois últimos faziam parte do júri do concurso – foram acusados de terem falsificado, no Verão de 2005, boletins do totoloto para ganharem os 14 mil contos do primeiro prémio.

Em Abril de 2008, os três foram condenados pelo Tribunal da Comarca da Praia a indemnizar a Cruz Vermelha, entidade responsável pela Secção do Loto, pelos danos causados. Entretanto, ficou a desconfiança de muitos apostadores que, seguindo o ditado “gato escaldado tem medo de água fria”, continuam a querer acompanhar o processo a par e passo. É que, dizem os mais desconfiados, ninguém garante que outras pessoas “não aproveitaram o seu livre acesso à zona de extracção dos números para introduzir novos boletins, com a chave sorteada”. É essa desconfiança que a Cruz Vermelha quer banir com a digitalização do processo e a transmissão do apuramento na TV.

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