| A partir desta sexta-feira, 4 de Junho, a taxa para a obtenção dos vistos não-imigrante para os Estados Unidos da América (EUA) sofre um aumento, por decisão do Governo norte-americano.
De acordo com o vice-cônsul dos EUA em Cabo Verde, Jeffrey Zinsmeister, esta decisão foi tomada depois de um estudo realizado, em 2009, pelo Departamento de Estado sobre os custos totais directos e indirectos de processamento de cada tipo de visto não-emigrante.
“A pesquisa revelou dois aspectos importantes. A actual taxa de vistos de não-imigrante, de $131,00 dólares, é inferior ao custo de processamento, devido às melhorias constantes e aos requisitos de segurança no processamento de tais vistos. Por outro lado, o processamento de certas categorias de vistos não-imigrante é mais complexo e requer uma análise mais exaustiva do que outras”, aponta o vice-cônsul americano. Por isso a nova lei, que estipula este aumento, prevê também taxas diferenciadas para as distintas categorias de vistos não imigrante. Uma forma de tornar o processo mais justo, como explica o Vice-cônsul. “O preço era único. Ora se o visto de noivo acarreta mais despesas de processamento de que o visto de turista, por exemplo, não é justo que uma parte de despesa que vêm do processamento do visto de noivo sejam “compensadas” pelos requerentes de visto de turismo e de visitante” explica. Com a nova actualização o preço único, de 131 dólares, 11 mil 239 escudos, deixa de existir. O pedido de visto de turismo passa a custar 140 dólares,12 mil e 12 escudos cabo-verdianos, um aumento de quase mil escudos. Já pedido de visto de noivo aumenta três vezes mais. Quanto aos requerentes que já tenham pago a taxa do visto não-imigrante, mas que só serão entrevistados após o aumento da taxa, o Vice-cônsul explica que poderão pagar o montante adicional na tesouraria da Embaixada, no dia da entrevista, sem necessitar proceder ao pagamento desse incremento através do BCA. Zinsmeister garante que este aumento não tem nada a ver com medidas anti-crise, nem políticas proteccionistas. “Trata-se de um ajuste necessário”.Formulários electrónicos passam a ser obrigatórios Outra medida inovadora, é a adopção, a partir do mês de Junho, do uso de formulários electrónicos para pedidos de visto Não-Imigrante.O novo formulário (DS-160), que passa a ser obrigatório, é totalmente electrónico, substituirá os formulários DS-156, 157, e 158, e permite ainda o upload de fotos antes da hora da entrevista. Segundo o Vice-cônsul, o processo passa a ser interactivo, já que pode ser feita a inscrição electrónica e o envio do formulário através da Internet. “Depois do preenchimento e envio do formulário, a pessoa inscrita receberá uma notificação, com o respectivo código de barra que deve imprimir e apresentar na Embaixada no dia da entrevista”, afirma.Zinsmeister realça ainda que com a implementaçao do novo formulário espera-se reduzir o tempo de processamento de vistos, como já aconteceu em outros países onde o formulário electrónico já foi implementado. Trata-se de um formulário inteligente, já que as perguntas são diferentes, dependendo dos dados preenchidos, economizando o tempo de preenchimento.Outra vantagem é a diminuição do número de formulários que precisam ser preenchidos, já que passa a ser único. A implementação desse novo formulário não invalidará contudo a necessidade de marcação de entrevista e o pagamento da taxa de visto através do Banco Comercial do Atlântico (BCA) que continuam a ser obrigatórios. O não reembolso da taxa, em caso da não concessão do visto, é explicada pelo Vice-cônsul como uma exigência da lei. Para concluir Zinsmeister apela a todos os utentes muita atenção ao preencher o formulário. “Tenham muito cuidado ao preencher o formulário e façam-na com todos os dados a frente, porque o novo formulário exige muita precisão”. O mesmo lembra ainda a importância de salvar sempre o documento, já que a página expira por segurança, depois de alguns minutos sem uso. |
